A última semana de agosto foi marcada por um baixíssimo fluxo de negócios diante da fraca atuação dos agentes do mercado, relata boletim semanal da Informa Economics FNP.
Segundo a consultoria paulista, o comportamento dos preços da arroba variou de forma distinta entre as praças pecuárias do País.
“Contudo, com a chegada da virada do mês, os frigoríficos começam a atuar de forma mais firme na construção de suas escalas de abate, com foco na recomposição de seus estoques frente ao possível aumento da demanda pela carne no mercado doméstico, em função da entrada da massa salarial na primeira semana de setembro”, avalia.
Escalas curtas – A maioria das plantas frigoríficas brasileiras conta com, no máximo, 6 dias úteis de abate programados, de acordo com a FNP. Este cenário, ressalta a consultoria, traz suporte ao quadro geral de preços da arroba, enfatiza.
No Noroeste de São Paulo, o boi gordo fechou ontem (29/8) cotado a R$ 159/@, a prazo, livre de Funrural, o mesmo valor registrado na quinta-feira da semana anterior, segundo a FNP.
Reposição: negócios são ativados após melhorias no valor do boi gordo
Diante das altas acumuladas no mercado físico do boi gordo, recriadores e invernista foram com maior ímpeto às compras de animais de reposição, segundo boletim semanal da Informa Economics FNP.
Paralelamente, diz a FNP, a oferta de gado para reposição não é tão abundante, embora, nas regiões castigadas pela seca, há relatos de um maior volume disponível, resultado da baixa qualidade das pastagens.
Em termos gerais, a procura é mais voltada para os animais mais erados e machos, embora o período também seja atrativo para a aquisição dos bezerros jovens, visto que há expectativa de preços mais remuneradores para o boi gordo no longo prazo, avalia a consultoria.
Cotações – No Centro-Oeste, apesar dos preços do boi gordo não terem registrado tantas altas quanto em outros Estados, o volume de negociações de reposição é suficiente para garantir a sustentação dos preços referenciais.
A mínima para os preços de bezerros no Mato Grosso é de R$ 1.300 por cabeça, ao passo que a bezerra é negociada na mínima de R$ 900/cabeça, de acordo com a FNP.
Indicador do boi gordo sobe 3% em agosto, aponta Cepea
O Indicador do boi gordo Esalq/B3 vem registrando altas consecutivas neste final de agosto, segundo balanço divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo a entidade, os operadores vêm relatando dificuldades de compra de animais, em decorrência da baixa oferta. Esse cenário, somado a escalas mais curtas de abate, acabou impulsionando também as cotações de todos os cortes no mercado atacadista de carne com osso da Grande São Paulo.
No acumulado deste mês (28), o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 subiu 3,2%, fechando a R$ 157,70 na quarta-feira. Nos últimos sete dias, especificamente, a valorização foi de 1,9%.
Fonte: DBO
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